Paulo "Cagido"

   Mesmo com desconto de 9 cêntimos por litro, infelizmente, esta bomba de combustível à saída da Guarda encontrava-se quase "deserta", num sábado à tarde.

   Pois quem vive perto da fronteira espanhola, prefere fazer uns quilómetros mais e, abastecer a sua viatura em Espanha, porque compensa.

   Quanto a nós que vivemos perto do litoral temos que aguentar esta guerra interesseira entre as grandes marcas gasolineiras.

   Este fim-de-semana ao passar pela cidade da Guarda, reparei que algumas das rotundas desta cidade estão ornamentadas com obras artísticas, para as embelezar ainda mais. Na foto podemos ver a letra "G" a letra inicial da palavra Guarda.

   Nós por cá também temos muitas rotundas que poderiam estar ainda com melhor aspecto, se seguíssemos este exemplo, que venho há muito defendendo.

   Acho que o município de Anadia, por exemplo, deveria fazer mais pressão às Estradas de Portugal, no sentido de melhorar aquela rotunda em pleno IC2-Estrada Nacional N.º 1, que faz a ligação a Oliveira do Bairro, Moita/Luso e Malaposta, pois está horrível, cheia de capim completamente seco. É a entrada principal de Anadia de quem vem de Norte (Águeda) e de Oeste (Aveiro).

   É impressionante ver a desertificação galopante que está a acontecer, no interior do nosso país, nomeadamente, em distritos como o da Guarda.

   Falo por experiência própria, pois quando vou até à minha terra, em Santiago (Seia) e, verifico o silêncio e a paz tranquila pelas ruas da aldeia, outrora mais movimentada e ruidosa, no bom sentido, com várias pessoas jovens e menos jovens à porta dos cafés, jogando às cartas, às malhas, realizando desafios de futebol no campo, etc. nas tardes de domingo. Agora neste dia da semana tirando a eucaristia  o resto do mesmo transformou-se num marasmo.

   A agravar a tudo isto com os encerramentos de várias escolas do concelho a situação ainda vai ser pior. As crianças partirão de manhã para os estabelecimentos de ensino de acolhimento e só regressarão quase à noite. Os jovens alguns emigraram, outros foram para as cidades do litoral à procura de emprego e melhores condições de vida. Os idosos vão perdendo as suas forças para cultivarem os campos. Enfim, o cenário não é nada animador.

   Agora mais do que nunca é que se aplica bem o adágio popular que por vezes ia ouvindo, por lá, quando era catraio: "Portugal é Lisboa ... o resto é paisagem".